Pós-graduação: Doenças Crônicas, Cuidados Paliativos e Terminalidade na Saúde Pública - Faculdade Unyleya

Dentro de um contexto contemporâneo de saúde pública, a qual vem se mostrando cada vez mais submersa em uma espécie de imperialismo tecnológico, podemos observar que, cada vez mais, os debates estão sendo desviados para um “prolongar a vida a qualquer custo”, onde, passamos a não observar o quão custoso isso se torna, não apenas financeiramente, mas sim, quanto à qualidade de vida que tanto martelamos ao falar de cuidados paliativos. O próprio termo “cuidados paliativos” acabou vinculado apenas ao fim da vida, quando, na verdade, a proposta seria de proporcionar, na medida do possível, uma melhor qualidade de vida quando esta mesma vida se torna ameaçada por alguma enfermidade. E, muito possivelmente, um dos grandes erros que assimilamos como verdade absoluta a nível de saúde pública, seja exatamente esse: trabalhar cuidados paliativos apenas quando todas as chances de recuperação da vida tenham sido esgotadas, quando, na verdade, deveria ter seu início junto ao diagnóstico. Outro grande erro, que também devemos considerar, é que entramos com cuidados paliativos apenas após termos tentado, de todas as formas, prolongar esta vida, independentemente do quão danoso isso possa ser ao sujeito que se encontra enfermo. O que significa dizer que, após tentarmos a qualquer custo, sem uma preocupação legítima com esta vida, colocamos o sujeito em cuidados paliativos para, então, tentarmos proporcionar qualidade de vida a ele. Um processo não apenas perigoso, mas que vai contra qualquer proposta do que seria, de fato, qualidade de vida. Este curso nasceu, exatamente, com essa proposta: quebrar os muitos paradigmas que estão impregnados nos processos de cronicidade e terminalidade, indo a fundo nas muitas profissões que estão à frente do cuidado, sem deixar de lado o paciente, sua família e todo contexto social. Por fim, a especialização tem como objetivo uma melhor compreensão das profissões em relação à cronicidade e terminalidade na saúde pública, abrindo espaço para uma discussão ampla, indo além dos paradigmas que são replicados dia após dia, para, então, levarmos aos sujeitos enfermos, suas famílias, à sociedade e aos ambientes de saúdes um cuidado, de fato, humanizado. Por isso, esse curso apresenta disciplinas focadas em temas diretamente relacionados aos debates atuais que vem acontecendo em todo o mundo, e inclui temas voltados aos conceitos de sistemas de saúde, bioética, responsabilidade civil e penal do profissional de saúde, ética e as diretivas antecipadas de vontade, cuidados paliativos, uso das tecnologias versus distanásia eutanásia, ortotanásia e mistanásia, o papel dos profissionais de saúde nos cuidados paliativos, níveis de Atenção à Saúde e a Cronicidade, e, por fim, a relação entre equipe de saúde e família no tratamento de doenças crônicas e terminais. Aborda ainda questões do sistema único de saúde, a abordagem dos cuidados paliativos para as principais doenças crônicas, suas relações com a terminalidade, questões bioéticas multiprofissionais e os modelos de assistência de cuidados paliativos mais preconizados na saúde pública.

Público-alvo

Destinado a profissionais graduados em nível superior com diploma reconhecido pelo MEC, que queiram aprofundar o conhecimento em Doenças crônicas, cuidados paliativos e terminalidade na saúde pública, podendo ser de especial interesse para profissionais de saúde, bem como gestores na área. Trata-se de um tema com bastante amplitude e que alcança questões atuais e com grande empregabilidade em diferentes setores da Saúde Pública, mas também nas organizações privadas e no terceiro setor.

Objetivos

Compreender o que são sistemas de saúde e qual sua relação com a cronicidade e a terminalidade;
 


 
Entender sobre os reais limites da vida, levando em consideração os estudos científicos e o uso das tecnologias;
 


 
Aprofundar sobre conceitos chaves: distanásia, eutanásia, ortotanásia, mistanásia, diretivas antecipadas de vontade;
 


 
Analisar as questões éticas, bioéticas e responsabilidade civil e penal no que tange o trabalho do profissional de saúde;
 


 
Exibir a importância da relação da tríade equipe de saúde, família e sujeito enfermo.