A oncologia neurofuncional é uma especialidade em rápido crescimento que estuda os tumores do sistema nervoso, sendo uma área em expansão para a assistência clínica. Dessa forma, os tumores cerebrais primários podem ser definidos como um conjunto de neoplasias malignas originárias de células de sustentação do tecido nervoso.
De acordo com a estimativa publicada pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA, 2020, veja mais em ), seguem as seguintes informações: "Haverá cerca de 5.870 casos novos de câncer do sistema nervoso central em homens e 5.220 em mulheres, para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 5,61 casos novos a cada 100 mil homens e de 4,85 casos novos a cada 100 mil mulheres. O câncer do sistema nervoso central em homens ocupa a sétima posição nas Regiões Norte (3,20/100 mil) e Centro-Oeste (6,05/100 mil). Contudo, na Região Sul, ocupa a oitava posição (8,63/100 mil); a nona posição na Região Nordeste (4,72/100 mil); e a décima segunda posição na Região Sudeste (5,59/100 mil). Para a população feminina, é considerado o sétimo mais frequente na Região Sul (7,64/100 mil); oitavo na Região Norte (3,03/100 mil); corresponde à nona posição nas Regiões Centro-Oeste (4,95/100 mil) e Nordeste (4,21/100 mil) e ocupa a décima primeira posição na Região Sudeste (4,69/100 mil). Por fim, em relação à incidência na população mundial, o câncer do sistema nervoso central ocupa a décima terceira posição em homens e a décima sexta posição entre as mulheres. Em 2018, foram estimados 162 mil casos novos em homens e 134 mil em mulheres. Esse valor corresponde a um risco estimado de 4,2/100 mil homens e 3,6/100 mil mulheres".
Para esses pacientes há muitas complicações, bem como sequelas, como, por exemplo, convulsões, fraqueza muscular, alterações do estado mental, parestesias entre outras alterações somatossensoriais e dor de cabeça, porém, só após uma boa anamnese e avaliação física é que se pode correlacionar tais sintomas com o câncer, outra morbidade ou pós-tratamento clínico.
Por isso, a atuação dos profissionais da saúde na reabilitação neurofuncional de pacientes oncológicos, precisa levar em consideração que o aprendizado sobre essa patologia é constante. Portanto, esse curso lato sensu tem visa proporcionar condições para que os estudantes possam adquirir conhecimentos, tanto teóricos quanto em sua prática multidisciplinar somando as habilidades e as competências, o que resultará em desenvolvimento profissional diferenciado com foco na segurança e na qualidade
Público-alvo
Destinado a profissionais graduados em Fisioterapia, Terapeuta Ocupacional, e demais áreas da saúde envolvidos no processo de reabilitação neurofuncional de pacientes oncológicos.
Objetivos
▪ Abordar os aspectos dos cuidados paliativos em pacientes oncológicos;
▪ Apresentar a prática baseada em evidências, além de promover discussões de casos clínicos interdisciplinares para qualificar os conhecimentos na abordagem do paciente oncológico no campo neurofuncional;
▪ Correlacionar os conceitos teóricos da neuroanatomia, as informações de diagnóstico e do tratamento das áreas de atendimento aos indivíduos oncológicos com comprometimento neurofuncional a prática clínica baseada em evidências;
▪ Desenvolver abordagens terapêuticas e raciocínios clínicos para que o profissional se sinta apto para realizar o atendimento, bem como para a reabilitação especificamente neurofuncional, de indivíduos oncológicos no âmbito hospitalar, ambulatorial e/ou domiciliar;
▪ Discutir sobre as abordagens da reabilitação neurofuncional na oncologia por meio da fisiologia do exercício em situação de atendimento hospitalar e após a alta terapêutica.
