A economia mundial está abalada e os modelos de negócio padrão estão sendo desafiados por novos conceitos e novas tecnologias. O design está atrelado a esse projeto, colocando-se como ferramenta essencial para a edificação de um mundo sustentável. Para tanto, coloca-se em pauta o olhar diferenciado sobre materiais e processos, criando produtos e serviços com significados, em uma abordagem circular.
A nova economia vem surgindo mais colaborativa, criativa e sustentável e o designer está no centro desse processo. Mas o design sustentável não faz referência somente a produtos e serviços ecoeficientes, como também aos modos de produção e ao consumo, direcionando-se para culturas, espaços e economias sustentáveis. Nesse viés, ele aparece como um catalizador de mudanças qualitativas.
Design liga-se à transformação, à criatividade e ao olhar crítico e questionador sobre o estado das coisas. Assim, pode contribuir para a vida e o relacionamento com o mundo mais saudável e feliz, no momento em que nos coloca em estado de atenção e empatia com os sistemas socioculturais e ecológicos. Certamente, os designers de agora enfrentam grandes desafios, diversos aos do século XX. Se outrora era intento a projeção para grandes massas (era industrial), o foco hodierno está em questões complexas e também singulares. Enfatizamos: não basta pensar no ambiental, é preciso ser sustentável.
No Congresso Internacional de Geologia, de setembro de 2016, atestou-se o início do Antropocentro, nova era geológica pautada nos impactos diretos e indiretos dos homens sobre o planeta. Tal notícia ratifica a necessidade de repensar o papel do design, antes ligado à civilização e crescimento industrial, e direcioná-lo para o bem comum.
A crise econômica, as migrações sociais e os desafios ambientais estão gritando por profissionais inteligentes e atuantes, com o diferencial sustentável que traga soluções efetivas. Projetos com bases na natureza e centrados no humano são requeríveis pela área política, econômica e social, exigindo o desenvolvimento de um novo designer, que contribua para o crescimento econômico sustentável e para novas práticas de consumo, além de criação de serviços e bens transacionáveis, que inibam as desigualdades entre os povos.
O mundo está em transição e qualquer projeto, seja de produto ou arquitetônico, tem impacto ambiental, assim, o mercado demanda não mais pelo designer tradicional, mas por um profissional que trabalhe com a sustentabilidade, que atenda às necessidades da contemporaneidade. Nesse intento o currículo deste curso se alinhava, de modo a abarcar a estética e a história do design; o ecodesign e a ética ambiental; os materiais, tecnologia e processos sustentáveis; o conforto ambiental; a biomimética e a sustentabilidade; e a ecossocioeconomia.
Público-alvo
Este curso de pós-graduação destina-se a profissionais, sobretudo do campo do design, com nível de escolaridade superior com diplomas de graduação (em qualquer área), emitidos por entidades reconhecidas pelo MEC - interessados em se aprofundar nos preceitos do Design Sustentável como área promissora. Dentre eles estão atuantes da esfera da tecnologia, arquitetura, artes, ambiental, desenho industrial, comunicação, moda, urbanistas, engenharia, economistas, sociólogos, geólogos. A sustentabilidade e a inovação são requeridas na sociedade contemporânea, por isso, o curso está aberto para demais profissionais que almejam se atualizar, inovar e contribuir para um mundo ético e saudável.
Objetivos
▪ Focar sobre as escolhas de materiais e técnicas inteligentes; as premissas do design, tecnologia, funcionalidade e estética; acerca de espaços e produtos atentos às concepções de ambientação; ecodesign, biomimética e ecossocioeconomia;
▪ Formar profissionais que possam contribuir para um futuro mais sustentável local e mundialmente, com desenvoltura e maturidade artística;
▪ Propor o amálgama do design com outras áreas do saber (arte, engenharia, arquitetura, ambiental) como sendo não apenas técnica, mas de princípios, voltados para a conscientização, inclusão, de criação de valores.
