26° CIAED Congresso Internacional ABED de Educação a Distância
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Sobre 26° CIAED Congresso Internacional ABED de Educação a Distância
Não resta dúvida de que a EAD no Brasil cresce em seus contingentes (alunos, educadores especializados na modalidade, programas) e importância nacional, tanto no mundo acadêmico (Ensino Superior e, agora, Ensino Básico) quanto no mundo corporativo (Educação Continuada e Treinamento). Mas, lembrando as palavras sábias de Sócrates ("A vida não examinada não vale a pena ser vivida"), cabe a nós refletir sobre a qualidade do desenvolvimento da abordagem digital no processo ensino-aprendizagem, tão influenciada pelos avanços da tecnologia e, igualmente, pelas transformações na sociedade como um todo.
Os críticos e os observadores céticos da EAD, ainda injustamente associando a modalidade com os bem-sucedidos cursos técnicos por correspondência de décadas atrás, duvidam que assuntos altamente complexos e sofisticados possam ser ensinados fora do ambiente de uma sala de aula presencial, munida de instrutor e quadro-negro. A alta taxa de desistência de estudantes em cursos de EAD é citada como um reflexo dessa impropriedade, embora os fatos demonstrem que as causas desse fenômeno são outros. Muitos novos matriculandos acreditam que a modalidade será mais fácil, exigindo menos esforço intelectual e um mínimo de produção individual acadêmica e quando descobrem que a EAD requer do aluno motivação, disciplina e autonomia, muito além do que exige o ensino presencial, abandonam o curso. Outros erram ao subestimar sua capacidade de conciliar o emprego que os sustentam com o volume de leitura e participação ativa nas tarefas requeridas pelo curso, e optam por desistir. Há aqueles que descobrem que a linha profissional escolhida para seus estudos não é o que foi imaginado; muitos outros ainda abandonam seus cursos porque não conseguem dar conta dos custos envolvidos. Há, porém, mais uma causa possível, não comumente analisada, que é o design do curso, seus componentes e seu "sintax" - isto é, a organização das suas partes.
A aprendizagem presencial é essencialmente composta de palestras ministradas por um instrutor — método tradicional seguido desde a fundação das primeiras universidades europeias, 900 anos atrás. É um ensino centrado no professor, e no qual o aprendiz tem um papel passivo, de receptor. Caracteriza-se pela exposição discursiva e continuada na qual o docente vai descrevendo situações pertinentes ao tema do curso, frequentemente repetindo informação já encontrada nos livros usados ao longo do curso. O aluno costuma tomar notas em caderno ou no computador, ocasionalmente fazendo perguntas ao professor. Pesquisas recentes, empiricamente validadas, revelam que esse procedimento didático tende a produzir mais alunos reprovados do que as diferenciadas abordagens educacionais digitais.
A mais nova alternativa de ensino é chamada "ativa" porque está centrada no estudante, que tem um papel produtivo, construindo seu conhecimento através do contato direto com as situações ligadas aos tópicos do curso, com o apoio contextualizado (virtual ou físico) de laboratórios, oficinas, ambientes de estúdio de criatividade, aprendizagem baseada em problemas, tarefas feitas em grupo e instrução feita por pares. No caso de EAD, certas exigências devem fazer parte do currículo se o curso requer experiências práticas (na área de saúde, contatos diretos com pacientes; na pedagogia, estágios em sala de aula presencial; para outros segmentos, encontros no polo mais próximo). As práticas empregadas nesta abordagem envolvem as "capacitações cognitivas mais altas" do ser humano, muitas das quais necessárias aos jovens no processo educativo. Pesquisas sobre essas introduções pedagógicas revelam que alunos expostos a essas medidas conseguem melhor desempenho em uma grande parte das diferentes formas de avaliação das variadas capacitações cognitivas que os distinguem: exames, "inventários de conceitos" (conhecimento das ideias formando a estrutura do curso), notas finais e a probabilidade de permanência no curso.