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Resumos Como Fazer para Ir Bem nas Provas

Atualizado em: 02/11/2023 - Por: Nicole Copetti Dal'Aqua

Saber como fazer bons resumos pode significar um grande diferencial na memorização para a prova. Sintetizar as ideias, resumindo o conteúdo e juntando as informações em grupos significativos simplifica o material de estudo e deixa mais fácil guardar aquele conteúdo na sua memória. Vamos falar sobre o que são blocos de memória, como formar blocos de memória e como eles podem ajudar você para a prova.

Esta é a aula 09 de 16 do Curso Gratuito Online oferecido pelo Aprimoramente: Como Aprender Melhor e Ir Bem nas Provas. Aula 09: Resumos Como Fazer. Veja o curso completo.

Resumos como fazer utilizando blocos de memória

Fazer um resumo escrito eficaz ao estudar para provas envolve destilar informações-chave de forma organizada e compreensível. E mais importante do que fazer o resumo em si é realmente memorizar aquele conteúdo para a prova em si. O sistema de organizar os conteúdos através de resumo segue a lógica dos blocos de memória. Mas o que são os blocos de memória?

De acordo com a Dra. Barbara Oakley da Universidade da Califórnia, que inclusive é a responsável pelo curso online que recomendamos para você aprender sobre aprender, com um enfoque mais científico, o “Learning How to Learn” que está disponível na plataforma Coursera, os blocos de memória são pedaços compactos de informação que a sua mente pode acessar com facilidade.

Ao colocar uma ideia, um conceito ou uma ação em um bloco, você não precisa lembrar de todos os pequenos detalhes desnecessários, você fixa a ideia principal e isso é suficiente. Blocos de memória são partes de informações unidas através de significado ou uso. No cérebro: são basicamente uma rede de neurônios que são usados para disparar juntos para que você possa ter um pensamento ou executar uma ação de forma suave e eficaz.

Prefere aprender por vídeo sobre como fazer bons resumos?

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AULA 09 COMPLETA: RESUMOS COMO FAZER - VEJA O VÍDEO NO YOUTUBE

O caminho para um conhecimento sólido em algum assunto é construído pouco a pouco: pequenos blocos podem se tornar maiores. E a medida que você domina o conteúdo, esse conhecimento permite que você faça interpretações mais criativas e complexas. Os blocos de memória podem também ajudar você a entender novos conceitos. Isso acontece porque quando você compreende um pedaço do conteúdo, você descobrirá que esse pedaço pode estar relacionado de formas surpreendentes não somente com conteúdos daquela área, mas também de diferentes áreas.

Como criar blocos de memória no cérebro?

Prática focada e repetição. A criação de fortes caminhos de memória. Um exemplo é a melhor maneira de compreender como criar um bloco de memória. No futebol, por exemplo, você aprende vários pedaços de habilidades: chute, cabeçada, tirar a bola do oponente... A cada aprendizado, você cria mini blocos que vão gradualmente se unindo em maiores blocos. Com o tempo você une esses blocos em grandes e complexos blocos, que você acaba utilizando instantaneamente ao driblar e fazer um gol.

Os melhores blocos são aqueles tão bem integrados que você nem precisa pensar conscientemente sobre conectar os padrões neurais. É nesse ponto que se consegue ter ideias, movimentos e reações complexas, todas relacionadas a esse mesmo grande bloco. E o mesmo acontece no aprendizado de idiomas, música, matemática, ciências e assim por diante.

Então mesmo que o que você tenha que fazer envolva complexidade de pensamento (por exemplo, ao responder uma questão difícil) ou muitos movimentos (como driblar para fazer um gol) a repetição faz você criar memória muscular, permitindo que seu cérebro e seu corpo saibam o que fazer baseado em um único pensamento. É aquele bloco de memória que está sendo acessado, ao invés de ter que recordar todos os passos complexos envolvidos na ação.

Em todas as áreas do conhecimento, uma vez que você entendeu algo, não precisa mais ficar explicando novamente para si mesmo como fazer toda vez que você faz. Não precisa contar nos dedos ao fazer contas matemáticas mais. Chega uma hora em que você simplesmente sabe de cor.

Para criar um bloco de memória, você precisa primeiramente FOCAR. Focar a atenção na informação que você deseja formar o bloco de memória (o cérebro precisa estar inteiramente focado em processar aquele novo assunto). Quando você começa a aprender algo, você está criando novos padrões neurais e conectando-os com padrões preexistentes que estão espalhados por muitas áreas do cérebro.

Distrações que deve evitar

Para que você consiga se focar, volto a lembrar a aula em que falamos sobre evitar as distrações. E as maiores distrações que você deve garantir que não vão atrapalhar você quando você quiser se focar são:

  • Pessoas: familiares, amigos ou colegas interrompendo para conversar, perguntar
  • Celular: notificações, checar mensagens, checar e-mails, dar uma olhadinha nas novidades das redes sociais
  • Computador: navegar na web, dar uma olhadinha nas redes sociais, dar uma olhadinha no YouTube, checar os e-mails.
  • Televisão ligada no fundo

Tudo isso pode ser feito antes ou depois do momento que você escolheu para se focar, então garanta que naquele momento de foco nada disso irá atrapalhar você.

A importância do contexto

Além de se focar, você deve pensar no contexto do aprendizado, isto é, ver não só como, mas quando utilizar esse bloco. Colocar contexto é ir além do problema inicial e enxergar mais longe. Repetindo e praticando problemas relacionados e não relacionados. Você verá, não somente quando usar um bloco de memória, mas quando não usá-lo também. Isto ajuda a ver como o novo bloco de memória criado se encaixa no contexto geral. Em outras palavras, você pode ter uma super ferramenta na sua caixa de ferramentas, ou na sua estratégia de resolução de problemas, mas se você não sabe quando usá-la, não vai adiantar nada.

Existem 2 processos vitais em ganhar domínio sobre um assunto: é formar blocos e ter a visão geral do assunto e o contexto é onde os dois se encontram. Então, associar o conteúdo em blocos de memória, em que prática e repetição pode ajudar você a construir e reforçar cada bloco de memória, permitindo você acessá-lo facilmente sempre que precisar. E ter a visão geral do assunto que está sendo estudado (dá perspectiva e facilita a organização dos estudos. uma visão geral que permitirá a você ver que o que você está aprendendo e onde ele melhor se encaixa.

Resumindo, aprenda os principais conceitos ou pontos antes. Uma vez que você fez isto, preencha com os detalhes. Mesmo se algumas peças do quebra-cabeças (partes) estão faltando no final do seu estudo, Você ainda pode ter o panorama geral do assunto.

Finalmente, lembre-se que você aprende melhor quando sua mente constrói os padrões de significados do que quando você simplesmente aceita o que alguém te falou. As pessoas aprendem mais quando tentam dar sentido ao conteúdo e raramente aprendem algo complexo simplesmente por alguém ter falado algo para elas. Você tem que pensar por si mesmo, fazer, exercitar, variar os métodos. Por isso, na próxima aula veremos as formas de aprender, quais funcionam melhor e quais são uma perda de tempo.

Parabéns, você aprendeu hoje

  • Como os blocos de memória servem para fixar as ideias principais, entender novos conceitos, criar pensamentos complexos.
  • Que para criar blocos de memória você precisa focar e como evitar as distrações.
  • A importância de ter a visão geral e colocar contexto nos estudos.

PRÓXIMA AULA: AULA 10 TIPOS DE APRENDIZAGEM

As próximas duas aulas são umas das mais esperadas pelos alunos, pois vamos explicar de forma bem prática as formas de aprender e técnicas de estudo mais utilizadas, mostrando as que funcionam e as que fazem você perder seu tempo, iludindo a si mesmo que está aprendendo, quando na verdade não está. Como estudar melhor, quais são os tipos de aprendizagem que mais funcionam? O que é mais eficiente e eficaz para estudar melhor: estudar sozinho, estudar em grupo, ler, fazer resumos, fazer exercícios...?

Veja o curso completo: 16 aulas em vídeo Siga comigo o caminho para ir bem na prova.

Bônus: resumos como fazer

Como sintetizar a matéria para aprender de forma mais fácil e rápida?

Sintetizar as ideias é um processo de destilar informações complexas em uma forma mais concisa e compreensível. Envolve resumir o conteúdo, identificar os pontos-chave e organizar as informações em grupos significativos. Essa técnica é extremamente útil para simplificar o material de estudo e facilitar a memorização.

Quando você sintetiza as ideias, você está essencialmente separando o que é essencial do que é secundário, destacando os principais conceitos e eliminando informações redundantes. Aqui estão os passos envolvidos na síntese de ideias:

Identificação dos Pontos Chave: Leia o material de estudo com atenção e identifique os principais pontos, conceitos-chave e informações essenciais.

Eliminação de Detalhes Menos Relevantes: Elimine detalhes excessivos e exemplos desnecessários que não contribuem diretamente para a compreensão dos conceitos centrais.

Resumir com Suas Próprias Palavras: Transforme as informações em suas próprias palavras, usando uma linguagem clara e concisa. Isso ajuda a internalizar o conteúdo e a compreendê-lo de forma mais profunda.

Organização em Grupos Significativos: Agrupe as informações relacionadas em categorias ou tópicos significativos. Isso ajuda a criar uma estrutura organizada em sua mente.

Criação de Resumos ou Esquemas: Use resumos, esquemas, mapas mentais ou outros tipos de representações visuais para destacar os relacionamentos entre os conceitos e facilitar a revisão.

Foco na Lógica e Sequência: Certifique-se de que os conceitos estejam organizados de forma lógica e sequencial. Isso ajuda a lembrar a ordem dos eventos ou a conexão entre as informações.

Uso de Marcadores ou Tópicos: Use marcadores ou tópicos para destacar os pontos-chave. Isso torna o resumo mais escaneável e ajuda na revisão rápida.

Aplicação de Metáforas ou Analogias: Se possível, use metáforas ou analogias para simplificar conceitos complexos e torná-los mais compreensíveis.

Ao sintetizar as ideias, você está efetivamente transformando informações densas e detalhadas em um formato mais acessível e fácil de lembrar. Essa abordagem ajuda a criar uma base sólida para a memorização, permitindo que você se concentre nos conceitos principais e nas relações entre eles, em vez de ficar sobrecarregado por detalhes secundários.

Resumos como fazer um resumo escrito bom ao estudar para provas?

Fazer um resumo escrito eficaz ao estudar para provas envolve destilar informações-chave de forma organizada e compreensível. Aqui estão os passos para criar um bom resumo:

Compreenda o Material: Antes de começar a resumir, certifique-se de entender o conteúdo em profundidade. Leia os materiais de estudo, faça anotações e sublinhe os pontos principais.

Identifique os Pontos-Chave: Identifique os conceitos principais, definições essenciais, fórmulas importantes e dados relevantes. Isso ajudará você a focar nos elementos cruciais.

Organize a Estrutura: Determine a estrutura do seu resumo. Pode ser um esquema com tópicos e subitens, ou uma estrutura de parágrafos. Organize os pontos de maneira lógica.

Resuma com Suas Próprias Palavras: Escreva o resumo usando suas próprias palavras. Evite copiar trechos diretamente dos materiais de estudo para evitar plágio e para garantir que você compreenda o conteúdo.

Seja Conciso: Mantenha o resumo conciso, enfocando apenas nos pontos-chave. Evite detalhes excessivos ou tangenciais que possam dificultar a memorização.

Destaque Conceitos Importantes: Use negrito, itálico ou cores para destacar conceitos-chave, definições ou fórmulas, facilitando a rápida identificação durante a revisão.

Use Frases Claras: Escreva em frases claras e diretas. Evite linguagem complexa ou jargão, a menos que seja essencial.

Relacione os Conceitos: Ao conectar os conceitos em seu resumo, destaque as relações entre eles. Isso ajuda a entender como os diferentes elementos se conectam.

Inclua Exemplos: Se apropriado, inclua exemplos que ilustrem os conceitos. Exemplos concretos podem tornar o entendimento mais claro.

Revise e Edite: Releia e edite seu resumo para garantir que ele esteja claro, coeso e livre de erros. Certifique-se de que transmita as informações de maneira precisa.

Crie um Resumo Visual: Se possível, use elementos visuais como tabelas, gráficos ou diagramas para resumir informações complexas de forma mais visual.

Revise e Pratique: Use seu resumo como uma ferramenta de revisão. Leia-o várias vezes, teste-se com perguntas-chave e pratique a recordação ativa.

Lembre-se de que o objetivo de um resumo é criar uma versão concentrada e acessível do conteúdo, tornando mais fácil a revisão e a memorização. Adaptar o resumo às suas preferências de aprendizado e estilo pessoal é fundamental para maximizar sua eficácia.

Como funciona neurologicamente o acesso à memória na hora da prova

O acesso à memória durante uma prova envolve uma complexa interação de processos neurais que ocorrem no cérebro. Quando você tenta lembrar informações para responder a uma pergunta, vários sistemas e áreas cerebrais trabalham juntos. Aqui está um resumo simplificado do processo neurobiológico do acesso à memória durante uma prova:

Ativação das Redes Neurais: Quando uma pergunta é apresentada, ela ativa um conjunto específico de redes neurais no cérebro, envolvendo principalmente o córtex pré-frontal, o hipocampo e outras áreas relacionadas à memória.

Recuperação do Conteúdo da Memória: O hipocampo desempenha um papel fundamental na recuperação de memórias declarativas (fatos, eventos). Ele envia sinais para outras partes do cérebro para buscar o conteúdo armazenado nas áreas associativas correspondentes.

Associações de Contexto: O hipocampo também ativa informações contextuais que estão associadas à memória que você está tentando acessar. Isso inclui detalhes sobre onde, quando e como você aprendeu essas informações.

Ativação de Redes Associativas: À medida que o hipocampo e outras áreas ativam as memórias relevantes, redes neurais associativas são ativadas. Isso pode envolver áreas do córtex cerebral que processam informações semelhantes ou relacionadas.

Reconhecimento e Seleção: O cérebro avalia as informações recuperadas para determinar qual é a mais relevante para responder à pergunta. O córtex pré-frontal, envolvido no julgamento e tomada de decisão, desempenha um papel crucial nesse processo.

Feedback e Monitoramento: À medida que você responde à pergunta, o cérebro monitora a precisão da resposta. Se a resposta corresponder ao que foi recuperado, isso reforça a conexão entre as áreas envolvidas na recuperação.

Modulação pelo Estado Emocional: Seu estado emocional também pode influenciar a recuperação da memória. O estresse ou a ansiedade podem afetar a clareza da recuperação, já que o cortisol (hormônio do estresse) pode impactar a função do hipocampo.

Feedback pós-resposta: Depois de responder à pergunta, o cérebro recebe feedback sobre a precisão da resposta. Essa informação é processada para ajustar e melhorar o acesso futuro à memória.

É importante notar que a memória não é um sistema perfeito e que o acesso à memória pode ser influenciado por vários fatores, como o estado emocional, a qualidade da codificação original das informações e a prática de revisão e recordação. Portanto, técnicas de estudo eficazes, como revisão espaçada e recordação ativa, podem otimizar o processo de acesso à memória durante uma prova.

Próxima aula: AULA 10 - TIPOS DE APRENDIZAGEM

Veja o curso completo: CURSO GRATUITO ONLINE COMO APRENDER MELHOR E IR BEM NAS PROVAS e aprenda sobre como estudar melhor, dicas de memorização, técnicas de estudos que funcionam de verdade, hábitos para aprender melhor, como diminuir a ansiedade e o estresse antes e durante a prova e muito mais ;)

Por Nicole Copetti Dal'Aqua

Foto de Nicole Copetti Dal'Aqua

Nicole é uma autora, professora e consultora com mais de 7 anos de experiência no ramo de educação no Brasil, dando aulas presenciais e online como professora. Além disso, possui expertise como co-fundadora da plataforma de educação Aprimoramente em análise de mercado no ramo da educação, lidando com universidades, escolas e professores desde 2016. Escreve com amor e dedicação para estudantes de todo o Brasil que desejam aprender coisas novas.

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